ANÁLISE DO TEXTO "ANIMAÇÃO CULTURAL" - VILÉM FLUSSER

               No texto, primeiramente, o que choca o leitor é o fato de seu conteúdo enaltecer a ideia de objetos enquanto “produtos humanos” e resultado da interação do homem com o mundo e vice-versa. Entretanto, posteriormente, Vilém Flusser nos mostra que na verdade, os objetos, apesar de serem criados pelos homens, estão acima destes. Não são eles nossos escravos, mas sim nós os reféns do contexto. Atualmente, vive-se em mundo integrado em tempo real; isto é resultado da tecnologia aliada aos diversos utensílios que nos cercam. São eles os responsáveis pela transmissão da maior parte do conhecimento o qual vivenciamos hoje. A título de exemplo está este lápis usado para transmitir as ideias – lidas em um computador – neste papel. Assim, percebe-se nestes objetos citados, seus aspectos inanimados e animados (também dissertadas pelo autor do texto) que são suas funções de escrever, expor e ser “tela” frente às funções de transmitir um saber. Além da visão real dos fatos, pode-se pensar nessa atual relação homem-objeto de um modo onírico. Inicialmente a escolha da “mesa redonda” como narradora do texto passa despercebida; mas, na hipótese de acontecer uma Revolução Objetiva, quem seria o melhor indivíduo para liderar o grupo? Claramente a melhor resposta não seria “a mesa”, visto que sua postura austera ao longo da narrativa alude a um governo ditatorial. Logo, refletindo um pouco mais, chega-se à conclusão de que a melhor escolha para Presidente do grupo seria um objeto com postura equitativa, conseguindo ser flexível a fim de lidar com as diferentes situações e opiniões. A excelente opção seria o sofá. 

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